Deserta
Te digo, volta tempo, seja gentil
Abrace comigo, amargo sabor da memória
Paladar que fere a cada sensação que se esforça
A repetir a cena que não vai embora de mim
Converso na noite, em minha escuridão de fora
Queda do silêncio na noite, sons que escuto e denota
O corpo meu, um templo seu, conceito do amor longínquo
Na cumplicidade testemunha deste sentimento sozinho
Abro a janela de meu quarto e de mim
Exponho a dor para o mundo e para o fim
Aos cortes e sortes, em desventuras despedidas
Desatendidas por dias, vezes que ria, lágrimas por um adeus seu
Oro preces afoitas e medito: sempre é um tempo que se acaba!
Experimento angústias de uma louca e repito: nunca é uma época que não se tarda...
Resposta não tenho, eis o meu tormento, esperar é o relógio que possuo
Perto da culpa que se expurga de mim ao decantar das águas de meu soluço
Mulheres em minha pele, almas de todos vieses, estipulo a Coragem que sou
Caminhadas na fé, vestidos sem véus, Feminina assim estou
Na ferida que se cura, amostra de uma dúvida, esperança do amanhecer
Vida minha que persevera em todo minuto dentro de mim não esquecer
Deito na areia, praia que beira, ondas do mar
Sol que irradia, calor e alegria, agora vou descansar
Das dores que guardo, num átimo desfaço, todos os meus desencantos
Libertando-me da sina, sendo amiga da vida, dádiva de um regozijo sem pranto
Palavras que encantam! 😍
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