A canção da Peregrina

Caminhos se fazem pela manhã

Acordar e por o pé no chão é meu propósito

De dor e sonho faço tudo ser melhor

Um olhar para trás que futuro não é

Caminhos eu desenho no papel

Da criança a mulher, tudo foi momento

Diversão e arte, dança na brincadeira que não se esgota

Trabalho sério que elaboro sem perder a nota

Caminhos não estipulo para ninguém

Sozinha sei que a travessia é singular para todo alguém

Ouvindo na gritaria, discursando no silêncio a sina

De promover um mundo melhor para se ter a vida

Caminhos eu escrevo nas páginas

Coloridas ou desbotadas, testemunhas do que foram as águas

Refrigério de minha alma nas confidências com o divino

Amigo que jamais me deixou em perigo

Caminhos chegam para mim no destino

Anjos que me acompanham em todos os desatinos

No alto de minha fala, a voz do silêncio que brada

O que cada um merece receber ao fim de minhas batalhas

Caminhos me fizeram assim

Caminhos foi o que a providência deu a mim

Caminhos se deram no desenrolar de uma vida aprendiz

Caminhos foram as trajetórias que me permitiram ser feliz

Diários Crônicos