Diário Crônico


 

Ei, amigo, sente aqui comigo

Venha ouvir esta história e seja meu abrigo

Te darei as letras do que um dia eu vivi

E ao fim permita a piedade a mim

 

Ei, amigo, abrace-me antes e agora

Porque todas as batalhas eu venci sem demora

Menos aquela que aqui dentro ainda vive

Na forma de saudade de uma imagem que feroz, persiste

 

Ei, meu amigo, ouça com cuidado

Porque quero rememorar todos os passos

Daqueles leves pés que a mim todas as manhãs vinha

Calçando sapatos de uma medida que ela entregou para a minha sina

 

Ei, irmão, sabe, vou lhe dizer

Coragem é destacar da vida uma rosa natural

Ter fôlego o suficiente para correr na direção de quem se ama

Reunir palavras o bastante para gritar o quanto se ama

Para na casa dela chegar e ajoelhar diante da beleza sem fim

 

Ei, vida, destino, glória me dá por favor

Arranque de mim qualquer remorso ou pavor

Abra meus olhos mais uma vez para que eu possa ver

A época de uma juventude em que a voz dela era conforto para mim

 

Ei, Deus, agora eu vou pedir

Que a presença dela volte a ficar

Que o abraço dela seja o lugar

A morada para que eu possa para sempre residir


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