Primavera de Nós


 

Os sinais do tempo eu vejo

Leio devagar as letras fora do eixo

A sonoridade do silêncio que delas recebo

Lembram um dia presente com você que passado foi



A história do mundo eu compreendo

As guerras dos homens eu desentendo

Batalhas de uma guerra fria que jamais congelou

Dentro de mim quando sua última página virou



Cisões e muros não deveriam ter acontecido

Covardias e expurgos não mereciam abrigo

Mas o som de uma fanfarra a mim encorajaria

Uma cumplicidade com você para chamar de vida



Uma Nova Ordem Mundial eu poderia proclamar

Regimes absolutos derrubar

Um caminho pelo mundo percorrer

Um Tratado sobre nós escrever



Blocos do Ocidente e Oriente, eu demoveria

A foice e o martelo jamais esqueceria

A sordidez de coturnos imundos, retiraria

Para uma geopolítica com você ser a soberania



Mas o tempo flui e a sorte oferta

A rara chance de uma história ser redescoberta

Com a moeda do destino aguardo a face revelar

Quantas lutas ainda terei antes de contigo ficar

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