Miseria hominis
Rastejo por sob este vale
Encontro ódio e guerra
Tragédias e comédias
Quedas e recomeços
Dignidade que se tinha, distante alcance
Pútridos no poder governam o vexame
Em todas as esferas sem nenhuma exceção
Sapiência que tenho comigo, semente da revolução
Sorriso perdido no crepúsculo de minhas forças
Tatuagem da minha sina ao destino que se mova
Sem piedade aos que lamentam e param no embaraço
Misericórdia que não vem em tardes sem abraços
Rastejo por sob este vale
Olho para dentro de mim e ninguém sabe
Os dias que sofri criando o amanhã
Do futuro que sonhei presente a mesa farta pela manhã
Rio-me como louca, na gargalhada do desespero
Rasgo minhas roupas, nua me entrego e não vejo
A Terra fagocitar lágrimas e memórias
Revolvendo poeira e água, ditando mais uma história
Rastejo por sob este vale
Jardim não é, é feminilidade
A verdade que recria a vida em qualquer espaço
A verdade que permite a vida não perder seu último laço
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